DANEE TEM DE JOGAR MAGO SE NÃO NÃO GANHA POSTO 2! \Ò.O/ + pressão
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Livros Traduzidos de Mago: A Ascensão
Rogue Council

27 de abril de 2010

Post Final

Assim a treva em luz se tornará, e em dança há de o repouso se tornar.
Murmúrio de águas velozes e relâmpagos de inverno.
O irrevelado tomilho selvagem e os morangos silvestres.
O riso no jardim, êxtase repetido pelo eco
Jamais perdido, mas que reclama e persegue a agonia
Da morte e do renascimento.
- T.S. Eliot, "East Coker"


E tudo termina com Choque de Retorno, o mal dos Magos. 100 pontinhos acumulados, despejados nas almas de oito mágicos desavisados. Tsc tsc tsc... Não tinha como dar mais errado. Mas, enfim, deixo o final póstumo de cada personagem aqui; que sirva de lição para vossos chars futuros... (hya hya hya hya!! x3)

O Choque de Retorno de vocês foi baseado em Forças e Tempo, por terem sido as Esferas mais usadas na cena, e responsáveis pelas maiores mágikas. Desta forma, houve uma revolta nos céus, nuvens negras e uma chuva de fogo que caiu sobre os magos presentes; juntamente houve um vórtice temporal, uma instabilidade no Tempo-Espaço. Os personagens que não morrem instantâneamente por conta da chuva de fogo são tragados por esse vácuo espaço-tempo. Comecemos então da porta da Capela Akasha....

Percebendo a instabilidade mágica que se aproximava, Soi Fong encaminha todos para fora do templo, ao mesmo tempo que chama pelos seus Aprendizes. No meio da correria e gritaria, todos vocês saem, alguns sendo carregados (como Antônio e Irwine, já inconscientes). Na frente do templo vocês vêem a movimentação no céu, o ar pesado e a sensação de que o castigo será grande.


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Eles esperavam ver a encosta cinzenta coberta de urzes da charneca subir e subir até se unir ao nublado céu de outono. Mas, não, foram recebidos por um fulgor de luz solar que entrava aos borbotões como a luz de um dia de junho a invadir a garagem quando você abre a porta. A luz fazia as gotas de orvalho sobre a relva cintilarem como contas e destacava a sujeira no rosto manchado de lágrimas de Jill. E a luz do sol vinha do que certamente parecia ser um mundo diferente, pelo que eles conseguiam dislumbrar. Eles viram um gramado acetinado, tão acetinado e brilhante como Jill jamais tinha visto, e um céu azul e, voando para lá e para cá, coisas tão brilhantes que poderiam ser jóias ou enormes borboletas.
- C.S. Lewis, "A cadeira de prata"

Perdi minha paixão: por que deveria preservá-la
Se tudo o que se guarda acaba adulterado?
Perdi visão, olfato, gosto, tato e audição:
Como agora utilizá-los para me aproximar de ti?
-T.S.Eliot, "Gerontion"

Mutnefret, Karnefret e Irwin Arslan

Instantes antes das primeiras bolas de fogo tocarem o solo, Irwin chega à porta do Templo, trazendo Nayara no colo, ainda debilitada e desacordada por conta do ritual com o Bellfire feérico. Percebendo a situação, ele age rápido, impulsionando magicamente os três Aprendizes de Soi Fong (que já vinham correndo para fora seguindo o chamado da Mestra) para dentro do templo.

Ele não tem tempo de fazer o mesmo com Nayara, ou de colocar a si mesmo e a Karnefret a salvos. As primeiras chamas que caem atingem os três; é possível ver o Avatar de Irwin, um enorme leão dourado, se desprendendo de seu corpo, no momento em que os três são tomados pelas chamas. O Avatar de Nayara também começa a se soltar, mas alguma coisa no ventre dela emana uma luz intesa que sobresai ao vermelho do fogo e envolve tanto seu Avatar quanto seu corpo.

Somado à instabilidade tempo-espaço na área, o Bellfire em Nayara reage e traga os três para um vórtice direto ao Sonhar. Devido à sua ligação com a pedra dos Changelings, a consciência de Nayara (bem como seu Avatar) são fundidos ao Sonhar. Ela se torna uma imensa planície de um verde muito claro, coberta por pequenas flores brancas e violetas onde o sol sempre brilha calmo e imponente. No seu centro há uma grande pedra vermelha, de formato piramidal, ao redor da qual alguns kith de fadas gostam de realizar seus festejos no verão, quando um bardo de trejeitos estrangeiros costuma aparecer para contar histórias de terras distantes. Dizem que nas noites de lua clara, uma quimera similar a um grande tigre rajado persegue todos os que se aproximam da pedra central, embora não haja provas da real existência dele.

Tornou-se conhecido pelos contos dos Sidhes que atravessam o Caminho de Prata, relatos sobre um jovem de longos cabelos castanhos, carregando uma jovem dormente nos braços e um instrumento de cordas nas costas, que questiona os viajantes sobre a direção do Reino das Maçãs. As fadas mais sensíveis dizem que ele parece não saber estar morto, e que a jovem que carrega não é mais que uma ilusão.

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Em formações bem dispostas,
Marcham entre lanças azuis
Bando de rostos pálidos e cabelos cacheados.
Dispersam os batalhões inimigos,
Devastam as terras que atacam,
Esplêndidos, eles marcham para o combate,
Uma hoste célere, única e vingativa!
- Kuno Meyer (trad. do irlandês), "The Host of Faery"

Antônio Maria de Jesus e Vitale Putzanov

Os dois Magos recebem honrarias póstumas de suas respectivas Tradições. Os adeptos dos Cavaleiros de São Jorge referem-se a Antônio como um caçador de bestas e matador de demônios; alguns associam sua vida e sua bravura diante das batalhas com as de São Jorge, bordando em suas vestes os símbolos que Antônio carregava nas suas próprias, como crença de que afastarão espíritos demoníacos e sombrios. Os Cavaleiros de descendência mais próximas às de Antônio fazem menção à seu nome em prezes contra criaturas infernais.

Os Verditius sentem pela perda de Vitale, que não deixou herdeiros para a posteoridade dos Putzanov e nem discípulos que eternizassem seu conhecimento de forjas mágicas. Seu martelo de batalha é restaurado, depois do dano causado pelo Choque de Retorno, pelo Mestre Fulano, Diácono da Capela Hermética no Egito. Antigo amigo do Alquimista Putzanov, pai de Vitale, último guardião dos segredos trazidos pelos Solificati enquanto ainda Tradição, Mestre Fulano cria outras duas Maravilhas, réplicas da de Vitale, e as nomeia "Martelos de Putzanov", entregues apenas aos Herméticos-ferreiros de maior renome dentre os Verditius.

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Quando a água é calma, somos o mistério do lago.
Somos a risada no ocaso,
Atrás do morro, do outro lado.
Aqui ficamos para ver-nos rir
E perder-vos porque quereis.
Mas, de lado par'o sol estamos, e vós não nos vereis.
- Harslips, "Sideways to the Sun"

Soi Fong Li

A jovem Akasha morre deixando ao léu três Aprendizes e uma Capela semi-destruída (de novo). Embora os Akashas de maior poder tenham intentado enviar à Capela de Soi Fong um novo Mestre residente que pudesse regê-la, seus três Aprendizes decidiram montar uma pequena Cabala, e guiar o templo por conta própria.

As cinzas de Soi Fong (ou o punhado de pó que as três crianças julgaram ser o corpo da Mestra...) foram espalhadas ao redor do templo, ao qual os pequenos Akashas deram o nome da Mentora. 

Muitos anos depois, o mais velho dos Aprendizes de Soi Fong descobre uma antiga entidade enterrada nos fundos do templo e, desavisado, rompe um selo de proteção. Ele liberta um Avatar, com aparência de enorme anjo branco, que sobre aos céus e some, mas, juntamente, solta também algo maior, uma entidade de grande poder, chamada na sua cultura pelo nome de ??? (Anunnaki). Sem poder para controlá-lo, o jovem Akasha é possuído pelo espírito e seu Avatar dominado pelo mesmo, que passa a reger a Capela no corpo do jovem sem ser descoberto (até o momento).


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Você tem o mesmo que todos os outros: uma vida, nem mais, nem menos.
- Neil Gayman, "Sandman: Vidas Breves"

Aleksyéi Ivanovich



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Ah, como é que vim parar aqui e continuei a flutuar,
Sem nunca chegar ao fundo e só cair,
Sossegado e atento?
Todas as minhas fronteiras bidimensionais se foram,
E foi com alegria que perdi
E vi o mundo desmoronar e pensei estar morto,
Mas descobri que meus sentidos ainda funcionavam...
- The Byrds, "5D (Fifth Dimension)

Irwine Amarante

Um dos primeiros a morrer, devido a seu estado já muito debilitado. Embora o Avatar de Irwine se liberte e retorne ao seu ciclo de reencarnação, sua consciência é engolida pelo vórtice de espaço-tempo e aprisionada em um linha temporal específica. Nela, Irwine nasce sem a marca de Destino; seu pai não trai os Adeptos para a Tecnocracia e, embora cresça em meio à Sociedade Mágika (filho de um Adepto e uma Ethérea), Irwine não chega a Despertar. Nessa linha, a consciência de Irwine de nada se lembra dos acontecimentos vividos.

Sindy morre no momento do Choque, pois seu corpo mecânico entra em curto ao ser atingido por uma rajada de fogo e raio. O espírito do Familiar é liberto junto ao Avatar de seu Mago. 

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O Conselho dos Adeptos, presidido por Ellen Nishida, designa o mago Chritopher Shy para investigações póstumas no Sanctum e pertences de Irwine. Pelo acesso aos e-mails que Irwine trocava com seu pai, Shy encontra estática temporal nos IP's, e após longos estudo e investigação - mágicos e mundanos - que tomam meses de trabalho, declara oficialmente suas descobertas e o Conselho isenta Irwine Amarante das acusações prévias de traição e conspiração.

Suas palavras são tomadas como um alerta ao qual deveriam ter dado ouvidos, e suas atitudes de uma sabedoria que os magos não compreenderam. O assunto e o perigo alegado pela vinda e avisos de Irwine são tomados como dispersos e encerrados. 

Se a morte de Irwine no Passado-Atual pode ter interferido na linha futura e cancelado totalmente a possibilidade dos fatos que ele tentava impedir, é uma especulação possível, mas a qual não se pode dar 100% de crédito. Um Conselho interno dos Adeptos (presidido por Ellen), deteve algumas das informações apresentadas por Christopher Shy e mantêm-se atento regularmente às manifestações temporais, temendo que o futuro descrito por Irwine possa ainda acontecer.

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Durante as investigações, uma Batini chamada Laksmi al-Akbar, surge à procura de Irwine e um tal Diário roubado de uma Capela Batini no Oriente Médio. Em pose do diário, Christopher negocia a sua devolução em troca de explicações sobre os textos nele contidos. A explicação de Laksmi sobre a Teia da Fé coloca a peça final no quebra-cabeças que Christopher, há anos, tentava completar: a localização do lendário Monte Qaaf (era ele que você devia ter procurado, D. ^^").

Em um dos caminhos da Teia Digital, pelo súbito lampejo de iluminação  recebido ao desvendar a metáfora do "lugar" Um, Shy se descontrola e tira a venda da bela jovem no centro do Labirinto de Heras. A sabedoria nos olhos dela o Ilumina, e ele reconhece uma verdade perdida. Ele Ascende, como já Ascendera tantas outras vezes, mas morre transformado numa estátua de pedra branca, como já morrera tantas outras vezes...

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As declarações de Shy também configuram as atitudes de Aleksyéi Ivanovich, dos Euthanatos, como imprudentes, uma vez que, mesmo inconscientemente, Irwine era uma das fontes de informações Tecnocratas dentro dos Adeptos. As honrarias póstumas lhe são retiradas, mas seu nome dentre os Cálice é mantido intacto pela politicagem discrição dos Euthanatos.

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Esta é a verdadeira beleza: a que te prova
Ser divina e vinda do germe celeste:
Obtida do Espírito feérico de onde
Veio a beleza exata e pura que te veste.
- Edmund Spencer, "Amoretti"

Augusto Scintila Áquilla (Fabiano)


Após o julgamento dado pelo Conselho a Nayara e aos delitos de Irwine, decepcionado e com a fé no compromisso das Tradições abalada, Augusto decidiu agir por conta própria.


Passou anos procurando por Dedalus para tentar por fim à ameça que a criatura representava. Embora por vezes o tenha encontrado, o Revenante estava sempre um passo a sua frente. Um sentimento intenso de impotência surge então, e Augusto percebe que não seria capaz de cumprir seu objetivo sozinho.


Sem o apoio devido das Tradições, vendo no restante de sua recente Cabala pessoas que fariam de tudo para cumprir as ordens do já famigerado Conselho, e impossibilitado de agir contra Irwine e Nayara (que também representavam uma ameaça silenciosa para a qual providências não haviam sido tomadas), Augusto, inspirado por Fausto, procura pela entidade infernal de Mefisto.


Um pacto é feito. Augusto penhora seu corpo e alma em troca de meios para cumprir seus objetivos.


Graças a extensão dos novos poderes adquiridos, volta como Fabiano, oculto sob a magia infernal que não permitia a seus antigos colegas um reconhecimento imediato. Aproxima-se novamente de Irwine e Nayara, participa da empreitada contra Dedalus. E, no momento em que o Castigo vem para todos, sai ileso.


Dá o golpe final em Dedalus, impotentemente preso pela mágika de Irwine.


A ameça havia sido sanada, com Dedalus, Irwine e Nayara mortos.






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Atravessaste num silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.
- Cruz e Souza, "Vida Obscura"

Guardiã dos Segredos da Lua Crescente

A Garou Fúria Negra que veio juntar-se aos Magos para alertá-los sobre suas visões, depois de muito custo para se fazer acreditar, percebe o quanto ainda são tolos os filhos frágeis de Gaia.

Guardiã atravessa a Película para a Umbra no momento em que tem a visão da ira de Gaia, e vê que as coisas sairão do controle. Da Umbra, ela enxerga a chuva de fogo que castiga os Magos, até o momento em que as cinzas tornam o ar negro e limitam sua visão.

Ela sente que algo alterou-se na Umbra também e, ao olhar para o céu, e ver a luz fosca a que foi reduzido o sol alto acima da nuvem de cinzas, percebe não se tratar mais do Reino no qual tinha entrado.

Ela estava na Pangea; mas não no Reino, aquilo não era espiritual, era físico, era temporal.

Guardiã permance sobrevivendo naquela era por muito, muito tempo. Anos depois, já cansada, com inúmeras novas cicatrizes e mais primitiva e instintiva do que nunca, ela encontra no meio daquele cenário árido e desolado, um rosto distinto: Soi Fong, mutilada e com o semblate alucinado que Guardiã atribuía à Weaver em seus pensamentos, aparece caminhando.

Ambas se estranham inicialmente, mas reconhecem-se e sobrevivem trabalham  juntas para sairem dali. Passado mais algum tempo, o próprio Reino a lança para fora.

Guardiã retorna às Fúrias. Seu valor e resistência são reconhecidos, bem como a sabedoria e equilíbrio ganhos pelas provações a que passara. Os espíritos e suas cicatrizes não mentem. Ela recebe da Alfa das Fúrias da Grécia uma nova Labrys e é condecorada por um novo e merecido Posto.


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Soi Fong Li, continuando sua história, retorna a seu templo, depois de anos dada como morta. Tomada pelo Silêncio e completamente insana, vendo espíritos e kwein-jins por todos os lados, ao perceber a presença estranha no corpo de seu antigo Aprendiz, viola seu próprio templo, toma para si o Diário Astrológico de Heylel, deixado incógnito na barriga da estátua de bronze do Buda, no centro da Capela, e foge para as montanhas do Himalaia.

Lá ela passa mais alguns anos num estudo confuso de nomes, enquanto tenta manter a salvo sua mente em meio a lampejos de consciência e alucinações desvairadas. Ela realiza o ritual proposto pelo antigo Solificatus, volta a seu templo e mata o Discípulo tomado pelo outro Anunnaki.

É deletada pelos seus outros dois antigos Aprendizes (agora já Discípulos) e perseguida pela Tradição dos Akashas. Tem tempo de procurar por Augusto, encontrá-lo e tentar matá-lo, ciente que era, na sua loucura, da verdadeira natureza do Corista. É morta por ele e seu espírito estraçalhado por uma horde infernal.

Acredita, em seus últimos suspiros de Loucura, ter vingado a morte de seu Mestre, meta que a manteve de pé e em frente diante de tudo, e que também agravou seu Silêncio consideravelmente nos últimos anos.

Mas, em seus últimos suspiros de lucidez, acredita ter cumprido seu karma, e morre sã e em paz, com o espírito zen que teve em vida, por saber também que foi a última a fazer uso dos estranhos conhecimentos daquele Diário, que ninguém encontrará no lugar em que ela o deixou...


::  FIM  ::

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Outras Figuras


Jing-Quo ("aquele que governa"), o kwein-jin mór (o "cara do cabelo branco"), após o desfecho de Irwine, Nayara e Dedalus, recebe um castigo do Rei Yama que servia, por ter perdido, de uma única vez, os três que poderiam conseguir a vinda do Rei e sua corte ao mundo mortal.

Ele é morto fisicamente e espiritualmente, e ele nada resta; impossibilitando que regresse ao ciclo e cumpra o karma, meta de todo Kwein-Jin. A corte da  Cidade Dourada é precariamente reduzida.

O Rei Yama a que ele servia, representado por um enorme dragão de jade com face humanóide, aguarda pacientemente, até que a Roda gire, e uma outra Era chegue, e com ela novas Estrelas que possibilitem sua entrada nesse mundo.


Pura Curiosidade Póstuma:

A tradução aproximada da palavra Anunnaki é "Os do Céu que Estão Na Terra", ou "Aqueles que Vieram do Céu para a Terra".

Eu achei bonitinho, e só. ¬¬"

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