Esferas de Associação: Entropia (primária) e Primórdio (secundária).
Essência: Primordial
Estilo de Paradigma: atualmente Fechado *
Ressonância: Dinâmica e Entrópica
Primeiramente, é preciso dizer que toda a minha idéia pessoal de Entropia foi baseada neste texto aqui. Se alguém tiver a curiosidade de ler, vai entender que uma das principais visões expostas é a de que a Entropia é tratada como uma força de progresso, como o próprio título bem o diz, e não como algo negativo, da forma como estamos acostumados a vê-la.
O primeiro entendimento é que, sem a Entropia, não há evolução e nem destruição. Ela é o caos que cria e o caos que destrói, logo, dentro dessa visão, Entropia é a força primeva de todas as coisas.
Primórdio trata da energia em seu nível mais puro, estático. O vácuo primordial do qual todas as coisas vieram, o universo virgem, o Nada, o Vácuo. E então, fiat lux! Uma ação caótica cria o mundo que conhecemos, os pensamentos e conceitos, fatores caóticos ordenados criam a vida na Terra, é uma ação dessa energia, Entropia, que molda essa matéria bruta quintessencial para trazer algo à existência. Da mesma maneira, é a ação entrópica que leva todas essas coisas à destruição inevitável.
Tratando Primórdio como Estase, e a Entropia como fator duplo de criação e destruição, você desconsidera o terceiro ponto da trindade? O Dinamismo?
Sim e não. A questão é que tomo o Dinamismo como sendo a dupla face da Entropia. Não os trato como duas energias diferentes, apenas como duas faces de uma mesma força. Duas faces de um mesmo deus.
Na mitologia hindu, três deuses compõem o panteão principal: Shiva (o Destruidor, ou o Transformador), Brahma (o Criador) e Vishnu (o Preservador). Fazendo uma ponte interpretativa, Shiva (Entropia), Brahma (Dinamismo) e Vishnu (Estase). Essa era a visão primária do Paradigma da minha personagem, quando esse panteão fazia parte das crenças dela. Entretanto, com as mudanças no decorrer da crônica, vieram algumas outras interpretações. Partindo da mitologia agora apenas como recurso didático, Élis alcança um nível maior de compreensão. O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é o trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio). Novamente: tamas (Estase), rajas (Dinamismo) e sattva (Entropia).
Desta forma, encontro os três conceitos máximos, minimizados dentro de apenas um. Portanto, relacionando os conceitos com as Esferas, tenho Estase (Primórdio), Dinamismo (Entropia) e Entropia (Entropia). No Paradigma “novo”, com o qual terminei a crônica, essas facetas de deuses caíram, como máscaras usadas por um conceito maior. Por conta disso, o hermetismo do Paradigma inicial também se afrouxou, mudando do Rígido para o Fechado (conforme descritos no Bitter Road, página 93).
Por conta disso, talvez, eu tenha um pouco de dificuldade em dizer se Élis é uma personagem Entrópica ou Dinâmica (ainda desconsidero totalmente a possibilidade d’ela ser Estática, Pepe). Em termos de sistema, determinei a Ressonância da Élis, na ficha inicial, como sendo 2 pontos Entrópica e 2 pontos como Dinâmica. Eu a fiz como sendo uma pessoa emotiva, de gênio forte e determinado (propensa a descontrole emocional e atitudes passionais), mas, por outro lado, a forma como ela se porta, procurando racionalizar, mantendo a frieza diante das coisas (mortes e afins similares), a atitude de distância com relação a outras pessoas, embora seja mais uma fachada do que aquilo que realmente se passa com ela, é um ponto entrópico. Por fim, mesmo que essa seja uma opinião que ainda possa mudar, vejo Élis como simulacro de ambas as essências, dinâmica e entrópica, em partes iguais.
Alguém pode concluir: bom, sendo assim, ela deve ser Estática, pois o resultado de tudo é equilíbrio. Mas aí é que está, o resultado final pode até ser um ponto estático (apesar de que o equilíbrio, pelo próprio sistema, é considerado um conceito entrópico), mas a essência dela e das ações dela não são estáticas; são entrópicas (no que diz mais respeito à mágica) e/ou dinâmicas (no que diz mais respeito à pessoa). E, além do mais, esse resultado “estático”, mais uma vez, fecha o ciclo da Trindade.
Baseado nisso tudo, a conduta mágica de Élis focava invariavelmente no ponto criação-destruição equilibrados. Pelo próprio Paradigma maior que a cercava, vindo dos Euthanatos, essa questão do equilíbrio era fundamental para que ela não caísse ou se perdesse.
Suas magias de destruição sempre tinham um sub-efeito embutido de forma a fazer com que aquilo que se estava destruindo voltasse, de alguma forma, para a Tellurian para novamente se recriar (da Entropia ao Primórdio). Da mesma forma, as magias de criação sempre eram afetadas pela inevitável destruição (do Primórdio à Entropia). **
Em que esse Paradigma limita:
Ações de cura, metamorfoses ou reversões.
Estilo de Paradigma: atualmente Fechado *
Ressonância: Dinâmica e Entrópica
Primeiramente, é preciso dizer que toda a minha idéia pessoal de Entropia foi baseada neste texto aqui. Se alguém tiver a curiosidade de ler, vai entender que uma das principais visões expostas é a de que a Entropia é tratada como uma força de progresso, como o próprio título bem o diz, e não como algo negativo, da forma como estamos acostumados a vê-la.
O primeiro entendimento é que, sem a Entropia, não há evolução e nem destruição. Ela é o caos que cria e o caos que destrói, logo, dentro dessa visão, Entropia é a força primeva de todas as coisas.
Primórdio trata da energia em seu nível mais puro, estático. O vácuo primordial do qual todas as coisas vieram, o universo virgem, o Nada, o Vácuo. E então, fiat lux! Uma ação caótica cria o mundo que conhecemos, os pensamentos e conceitos, fatores caóticos ordenados criam a vida na Terra, é uma ação dessa energia, Entropia, que molda essa matéria bruta quintessencial para trazer algo à existência. Da mesma maneira, é a ação entrópica que leva todas essas coisas à destruição inevitável.
Tratando Primórdio como Estase, e a Entropia como fator duplo de criação e destruição, você desconsidera o terceiro ponto da trindade? O Dinamismo?
Sim e não. A questão é que tomo o Dinamismo como sendo a dupla face da Entropia. Não os trato como duas energias diferentes, apenas como duas faces de uma mesma força. Duas faces de um mesmo deus.
Na mitologia hindu, três deuses compõem o panteão principal: Shiva (o Destruidor, ou o Transformador), Brahma (o Criador) e Vishnu (o Preservador). Fazendo uma ponte interpretativa, Shiva (Entropia), Brahma (Dinamismo) e Vishnu (Estase). Essa era a visão primária do Paradigma da minha personagem, quando esse panteão fazia parte das crenças dela. Entretanto, com as mudanças no decorrer da crônica, vieram algumas outras interpretações. Partindo da mitologia agora apenas como recurso didático, Élis alcança um nível maior de compreensão. O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é o trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio). Novamente: tamas (Estase), rajas (Dinamismo) e sattva (Entropia).
Desta forma, encontro os três conceitos máximos, minimizados dentro de apenas um. Portanto, relacionando os conceitos com as Esferas, tenho Estase (Primórdio), Dinamismo (Entropia) e Entropia (Entropia). No Paradigma “novo”, com o qual terminei a crônica, essas facetas de deuses caíram, como máscaras usadas por um conceito maior. Por conta disso, o hermetismo do Paradigma inicial também se afrouxou, mudando do Rígido para o Fechado (conforme descritos no Bitter Road, página 93).
Por conta disso, talvez, eu tenha um pouco de dificuldade em dizer se Élis é uma personagem Entrópica ou Dinâmica (ainda desconsidero totalmente a possibilidade d’ela ser Estática, Pepe). Em termos de sistema, determinei a Ressonância da Élis, na ficha inicial, como sendo 2 pontos Entrópica e 2 pontos como Dinâmica. Eu a fiz como sendo uma pessoa emotiva, de gênio forte e determinado (propensa a descontrole emocional e atitudes passionais), mas, por outro lado, a forma como ela se porta, procurando racionalizar, mantendo a frieza diante das coisas (mortes e afins similares), a atitude de distância com relação a outras pessoas, embora seja mais uma fachada do que aquilo que realmente se passa com ela, é um ponto entrópico. Por fim, mesmo que essa seja uma opinião que ainda possa mudar, vejo Élis como simulacro de ambas as essências, dinâmica e entrópica, em partes iguais.
Alguém pode concluir: bom, sendo assim, ela deve ser Estática, pois o resultado de tudo é equilíbrio. Mas aí é que está, o resultado final pode até ser um ponto estático (apesar de que o equilíbrio, pelo próprio sistema, é considerado um conceito entrópico), mas a essência dela e das ações dela não são estáticas; são entrópicas (no que diz mais respeito à mágica) e/ou dinâmicas (no que diz mais respeito à pessoa). E, além do mais, esse resultado “estático”, mais uma vez, fecha o ciclo da Trindade.
Baseado nisso tudo, a conduta mágica de Élis focava invariavelmente no ponto criação-destruição equilibrados. Pelo próprio Paradigma maior que a cercava, vindo dos Euthanatos, essa questão do equilíbrio era fundamental para que ela não caísse ou se perdesse.
Suas magias de destruição sempre tinham um sub-efeito embutido de forma a fazer com que aquilo que se estava destruindo voltasse, de alguma forma, para a Tellurian para novamente se recriar (da Entropia ao Primórdio). Da mesma forma, as magias de criação sempre eram afetadas pela inevitável destruição (do Primórdio à Entropia). **
Em que esse Paradigma limita:
Ações de cura, metamorfoses ou reversões.
A dor faz parte da vida, não se deve evitá-la. Assim como se persegue os excessos “ruins” no Paradigma dos Euthanatos, visando eliminá-los, os excessos “bons” também são empecilhos à Roda. Ok, mas eu sou um Mago! Qual o problema d’eu usar Mágika para curar meus muitos níveis agravados, remodelar o meu rosto deformado ou prolongar minha vida indefinidamente? Todos. Hubris, Jhor, Silêncios... São excessos. Procurar manter-se vivo é diferente de se forçar a manter vivo.
Mortos-vivos, Nephandi, e outras criaturas entrópicas.
A idéia varia de acordo com o nível: Vampiros, por exemplo, podem ter seu papel na Roda, mesmo sendo teoricamente estagnados; se eles existem entre nós, podem ser um “mal necessário”. A falta de informações a respeito deles torna o julgamento impreciso. Mas, no caso dos Nephandi, eles são, por si só, um excesso entrópico e, como tal, geram um desequilíbrio absurdo, pois são forças de uma destruição negativa, uma destruição sem volta. Também penso que Nephandi não almejam a Entropia, eles almejam a Estase. O fim que eles buscam não é entrópico, é estático; Entropia parece – a meu ver – mais uma conseqüência de como eles fazem as coisas, e não para que o fazem. Além disso, “Nephandus” não é uma criatura, como “vampiro”; Nephandus é um mago (idem Desauridos) que cedeu a algo. Por conta disso, deve ser devolvido à Roda para se recuperar.
PS.: Sim, Élis acredita que a morte possa redimir um Nephandus. In off, como jogador, compreendo as impossibilidades disso, mas, in on, minha personagem pode até mesmo se recusar a matar um desses magos degenerados se algo nele lhe der o mínimo de esperanças de recuperação ainda em vida. O Avatar pode estar corrompido, mas talvez o mago per se tenha chances de redenção.
Como jogador, compreendo que esse pensamento pode ser um erro fatal para a personagem, porém acredito que essa é a graça das limitações do Paradigma. Fugir delas, além de ser uma forma de burlar você mesmo, tira a profundidade do personagem, transformando-o em um “manjador místiko de regras”. E como personagens não portam o Mago: A Ascensão em baixo do braço...
Pontos técnicos que corroboram com o Paradigma:
Gênios ambivalentes: Natureza Visionária (representando o Dinamismo) e Comportamento Solitário (representando o fator Entrópico).
Esferas contrapostas, uma de criação / estase (Primórdio) e outra de destruição / dinamismo (Entropia).
Distribuição de pontos em Ressonância. Poderia ter posto 3 pontos em uma (hm...! 3-4 pts em Dinâmica... =¬_¬= Tentador! + efeitos devastadores), e 1 em alguma outra, mas isso geraria morte... (provavelmente a minha xD).
Acredito ser pertinente acrescentar que a ficha da Élis foi a minha primeira ficha “séria” de Mago, de forma que muito das coisas que comprei e formulei com relação à primeira versão dessa personagem, hoje, seriam (muito!) diferentes. Por exemplo, acho que teria comprado Magia Cíclica ao invés de Mágica Condicional e muito provavelmente nunca teria comprado Filocteria. Mas isso são coisas que só se aprende jogando. Dou-me o desconto. =)
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* Iniciou na Stairway to Heaven com o estilo Rígido, entretanto, no decorrer das ações e cenas, declarei que o Paradigma da Élis passava por uma transformação, devido a “n” motivos. Dentre eles, a perda da Procura para Arete 5, convivência com o restante da Cabala (especialmente no que diz respeito a Jean), a morte de André, acontecimentos ao redor de Mei-Hai... Não era mais plausível manter o Paradigma anterior, que era baseado em dogmas religiosos hindus. Assim, fiz algumas alterações baseadas na nova (e crescente) visão que a personagem, influenciada por tudo isso, passaria a ter.
Élis ainda é alguém de firmes convicções (alguns podem dizer que ela é “cabeça-dura”, mas eu não vejo dessa forma; prefiro – e acredito – que o mais adequado seja dizer que ela defende e é extremamente apegada no que acredita. “Cabeça-dura” para mim é alguém que não quer admitir o erro, mesmo já sabendo que está errado...), e por conta disso, mesmo aceitando alguns novos pontos de vista, o Paradigma dela dificilmente (leia-se nunca) vai ser mais aberto do que o estilo Fechado (possivelmente ainda com uns resquícios de Rígido, hehehe!).
** Como aquela Rotina de efeitos maiores que cheguei a usar algumas vezes (nas primeiras cenas, contra um bebê-dragão; contra Breeg; e nas cenas finais contra Domenique). A Rotina em si era a arte suprema em termos de aplicação de Paradigma, pois encerrava um ciclo completo em si mesma: Entropia destruía coisas ao redor para criar Quintessência, mas, a cada turno, 1 ponto dessa energia que se estava acumulando perdia-se do efeito, retornando à Trama. Pelos termos metafísicos expostos pelo sistema de Mago, a ação entrópica no núcleo da mágika era forte o suficiente para, inevitavelmente, corromper a ela mesma.
* Iniciou na Stairway to Heaven com o estilo Rígido, entretanto, no decorrer das ações e cenas, declarei que o Paradigma da Élis passava por uma transformação, devido a “n” motivos. Dentre eles, a perda da Procura para Arete 5, convivência com o restante da Cabala (especialmente no que diz respeito a Jean), a morte de André, acontecimentos ao redor de Mei-Hai... Não era mais plausível manter o Paradigma anterior, que era baseado em dogmas religiosos hindus. Assim, fiz algumas alterações baseadas na nova (e crescente) visão que a personagem, influenciada por tudo isso, passaria a ter.
Élis ainda é alguém de firmes convicções (alguns podem dizer que ela é “cabeça-dura”, mas eu não vejo dessa forma; prefiro – e acredito – que o mais adequado seja dizer que ela defende e é extremamente apegada no que acredita. “Cabeça-dura” para mim é alguém que não quer admitir o erro, mesmo já sabendo que está errado...), e por conta disso, mesmo aceitando alguns novos pontos de vista, o Paradigma dela dificilmente (leia-se nunca) vai ser mais aberto do que o estilo Fechado (possivelmente ainda com uns resquícios de Rígido, hehehe!).
** Como aquela Rotina de efeitos maiores que cheguei a usar algumas vezes (nas primeiras cenas, contra um bebê-dragão; contra Breeg; e nas cenas finais contra Domenique). A Rotina em si era a arte suprema em termos de aplicação de Paradigma, pois encerrava um ciclo completo em si mesma: Entropia destruía coisas ao redor para criar Quintessência, mas, a cada turno, 1 ponto dessa energia que se estava acumulando perdia-se do efeito, retornando à Trama. Pelos termos metafísicos expostos pelo sistema de Mago, a ação entrópica no núcleo da mágika era forte o suficiente para, inevitavelmente, corromper a ela mesma.